Mídia propaga mentira sobre mandado no apartamento de Pimentel

Durante toda manhã desta quinta-feira (25), a grande mídia divulgou amplamente que a Polícia Federal, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), realizou mandado no apartamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). A verdade é que foram feitas buscas no imóvel de uma das empresas que prestou serviço para a campanha do governador.

Imprensa caso Pimentel - Reprodução

Apesar de ter noticiado com destaque na capa, o site Uol, por exemplo, divulgou nota de errata quase que imperceptível nos destaques da sua primeira página. Na matéria o site admite: “Diferentemente do informado em nota publicada às 10h23, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não autorizou a Polícia Federal a realizar um mandado no apartamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). As buscas foram feitas em empresas que ficam nas proximidades do imóvel de Pimentel”.

De fato, os investigadores da chamada “Operação Acrônimo”, da Polícia Federal, pediram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorização para cumprir mandado de busca e apreensão na residência oficial do governador de Minas Gerais, mas teve o pedido negado. Também foi solicitada e negada a realização de buscas na sede do PT no Estado

Atualmente, a mídia golpista não dá importância aos fatos, muito menos apurar informação. Se é contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e o PT, publicam.

Na operação desta quinta, o imóvel alvo de busca e apreensão fica localizado em um prédio em Belo Horizonte, onde funcionava o escritório de campanha de Pimentel em 2014. A casa do governador fica ao lado.

A operação investiga um grupo suspeito – isso mesmo, suspeito – de ter praticado crime de lavagem de dinheiro. Foram expedidos mandados de busca e apreensão em diferentes localidades do país. As investigações iniciaram em outubro de 2014 quando, após denúncias anônimas, policiais federais localizaram e apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave que chegava a Brasília.

Aparentemente, a investigação corre sob sigilo e a PF não divulgou detalhes sobre o caso, nem apresentou nome de suspeitos. Apesar disso, o cumprimento dos mandados foram amplamente divulgados pela imprensa.

As “operações” da Polícia Federal têm sido criticadas por diversos setores que consideram abusivas. Até mesmo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apontou irregularidades.

Na Operação Lava Jato não é diferente. Delegados que integram as investigações foram flagrados fazendo campanha para o candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG) e insuflando a campanha de ódio contra o ex-presidente Lula e a então candidata, agora eleita, Dilma Rousseff.