Trensalão tucano: Justiça acusa três executivos por cartel no Metrô

A Justiça de São Paulo abriu uma ação contra seis executivos das empresas Alstom, Tejofran, MPE e Temoinsa sob acusação de formação de cartel e fraude em licitações para a reforma de 51 trens da Linhas 1 Azul e 47 trens da Linha 3 Vermelha do Metrô nos anos de 2008 e 2009, durante a gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.

MP denuncia 11 executivos por envolvimento no cartel de trens

As licitações, estimadas inicialmente em R$ 1,5 bilhão, foram vencidas pelo valor de R$ 1,7 bilhão. "A documentação acostada aos autos, fruto de longa investigação levada a efeito pelo Ministério Público, traz indícios da ocorrência dos ilícitos penais descritos na denúncia, assim como revela o envolvimento, em tese, dos réus nos fatos criminosos sob apuração", afirma a juíza Cynthia Maria Sabino Bezerra da Silva, da 8ª Vara Criminal da Barra Funda.

A ação cita César Ponce de Leon, que foi diretor da Alstom e hoje vive na Espanha, além de David Lopes, Maurício Memória e Wilson Daré (da Temoinsa), Telmo Giolito Porto (Tejofran) e Agadir Abreu (MPE).

Na denúncia oferecida pelo promotor Marcelo Mendroni são apresentadas como provas tabelas feitas pelas empresas acertando a divisão dos contratos.

A juíza negou, no entanto, o pedido feito pelo MP de prisão preventiva do executivo Cesar Ponce de Leon, que estaria fora do país. Na decisão, a juíza argumentou que o fato dele estar no exterior não demonstra perigo para as investigações.

Desde agosto de 2013, quando o MP começou a investigar o caso do cartel do Metrô e trens de São Paulo, foram feitas sete denúncias criminais. Até agora, a Justiça aceitou seis.

O MP está recorrendo contra a única denúncia que foi recusada. O promotor do caso, Marcelo Mendroni disse que ainda prepara pelo menos outras duas ações