Partidos aliados pedem “compromisso com a legalidade democrática”

Líderes e presidentes de partidos da base aliada (PT, PMDB, PCdoB, PDT, Pros, PRB, PR e PSD) divulgaram, nesta terça-feira (7), manifesto de apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff e do vice Michel Temer e pedem “compromisso com a legalidade democrática”.

Reunião de partidos da base aliada com Michel Temer - Lula Marques/Agência PT

O documento foi assinado pelos presidentes do PT, Rui Falcão, do PMDB, Valdir Raupp, do PCdoB, Luciana Santos, e do PSD, Guilherme Campos. Além deles, também assinam os líderes de partidos da base na Câmara e no Senado, como PDT, PCdoB, PHS, PR e PROS.

“Os líderes e dirigentes partidários abaixo-assinados manifestam seu apoio à Presidenta a o Vice-Presidente da República. E reafirmam seu profundo respeito à Constituição Federal e seu inarredável compromisso com a vontade popular expressa nas urnas e com a legalidade democrática”, diz a nota.

Ao fim da reunião, Michel Temer disse que o documento retrata “o que já acontece” na relação com a base. “Às vezes aparece uma ou outra informação de que um partido está descontente. Para revelar unidade, eles resolveram escrever”, salientou.

“É uma tentativa de fortalecer o projeto. A nota é para responder para a sociedade: a base não vai pactuar nem vacilar na defesa da democracia. Aécio é o porta-voz do golpe, tem se caracterizado como o porta-voz do golpe. Deveria pelo menos honrar a história do seu avô", rebateu José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara.

Para o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a nota reafirma o apoio da base a presidenta Dilma, ao Temer e ao "respeito inarredável à Constituição, à vontade popular manifestada nas urnas".

Contas x TCU

O documento também expressa a convicção das lideranças de que os argumentos sobre as contas referentes à 2014 “serão acolhidos” pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

“À vista dos fundados argumentos técnicos e jurídicos apresentados ao Conselho Político, há plena convicção de que os argumentos do governo serão acolhidos”, diz a nota.

Nesta segunda (6), em reunião com a presidenta Dilma, os ministros Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Nelson Barbosa (Planejamento) apresentaram aos líderes partidários a explicação, ponto a ponto, dos questionamentos feitos pelo TCU sobre o atraso nos repasses de programas sociais aos bancos públicos. Dia 17 de julho o governo deve apresentar ao tribunal os argumentos que apresentará um parecer final sobre a aprovação ou não das contas de 2014.

A nota também saúda a edição da Medida Provisória que criou o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). “A MP 680 preserva empregos e colabora para a retomada do crescimento econômico”, diz.