Vamos financiar o emprego em vez do desemprego, diz Rossetto

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, diz que o governo vai continuar acompanhando a conjuntura econômica, mas acredita que o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado por medida provisória nesta segunda-feira (6), será desnecessário em 2017.

Miguel Rossetto - Divulgação.

O programa, que tem orçamento inicial de R$ 100 milhões, começa a valer imediatamente e vigora até o fim do próximo ano. Neste período, o governo vai permitir que as empresas negociem redução de jornada e de salário, e cobrir metade da redução de 30%. “É mais inteligente e correto, nos parece, financiar a manutenção do emprego do que financiar o desemprego”, salientou o ministro.

"A legislação prevê que, passado o período de vigência do acordo, no fim do próximo ano, o emprego deverá ser garantido por mais um terço do prazo. No caso de o acordo durar seis meses, por mais dois meses. Reconhecendo uma situação de dificuldade econômica, provisória, momentânea, temporária, o acordo prevê uma redução de até 30% na jornada de trabalho com redução proporcional de salário até 30%. A novidade é que o governo garante uma complementação de até metade dessa redução salarial, até o limite de R$ 900. O que significa dizer que um trabalhador que recebe até R$ 6 mil terá 85% do seu salário garantidos.", afimou Rossetto em entrevista à Agência Brasil,

Segundo o ministro, a medida tem como objetivo preservar os empregos e contar as demissões neste momento de ajuste econômico. Ele disse também que o governo avalia que a economia vai se recuperar em 2016, mas que ainda assim o governo estuda uma série de medidas de proteção ao emprego.

"Várias medidas estão sendo estudadas e analisadas. O objetivo básico neste momento de transição e reorganização da nossa economia é preservar o emprego e a renda dos trabalhadores", declarou.