Contratos da agricultura familiar crescem 9,4%

Os agricultores familiares brasileiros contrataram um total de R$ 23,9 bilhões em crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no período de julho de 2014 a junho de 2015. O programa registrou um aumento de 9,4% em relação à safra 2013/2014. As mulheres contrataram R$ 3,7 bilhões (16,2% do total), em mais de 562 mil contratos (29,6% do total). O número de contratos é 4,5% maior que o da safra anterior.

Agricultura no semiarido - Reprodução

Foram efetivados quase 1,9 milhão de contratos para acesso às linhas de custeio e investimento do Pronaf, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com mais de 1,2 milhão de contratos firmados, os agricultores familiares investiram R$ 13,2 bilhões em bens e serviços, como na implantação, ampliação e modernização de infraestrutura das unidades, na melhoria das condições de armazenagem, e na aquisição de meios de transporte e de serviços agropecuários ou não agropecuários.

As operações de custeio somaram R$ 10,7 bilhões em mais de 616 mil contratos. Além de dar conta das despesas do agricultor, os recursos foram usados na aquisição de insumos, na realização de tratos culturais e da colheita, no beneficiamento ou industrialização do produto financiado e na produção de mudas e sementes certificadas e fiscalizadas.

O diretor de Financiamento e Proteção à Produção da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, João Luiz Guadagnin, destaca que a quantidade recorde de contratos pode ser relacionada, por exemplo, à adimplência dos agricultores familiares. “Além disso, a participação dos movimentos sociais, o comportamento dos preços dos produtos, os serviços de assistência técnica e extensão rural, as boas práticas de manejo dos recursos naturais são fatores que fazem a diferença na ampliação dos investimentos da agricultura familiar”, observa.

Novo Plano Safra

Os agricultores familiares terão R$ 28,9 bilhões para financiar a safra 2015/2016. Além do volume recorde de crédito, o Plano prevê medidas que permitem a ampliação da cobertura do seguro agrícola, a expansão dos mercados, a regularização da agroindústria familiar, e a criação de um programa de apoio às cooperativas.