Pezão defende governabilidade contra manifestações de Cunha
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou, nesta sexta-feira (17) que é preciso separar a governabilidade das investigações sobre corrupção. Ele, que é do mesmo partido do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também se declarou "solidário à presidenta Dilma".
Publicado 18/07/2015 13:01
"Temos de separar a governabilidade das apurações", alertou. Segundo ele, "os culpados devem ser punidos em qualquer esfera, mas não podemos parar o país".
Após a declaração de Cunha do seu rompimento com o governo federal, o governador do Rio saiu em defesa da governabilidade e manifestou solidariedade à presidenta Dilma.
Para o governador do Rio, a "briga" e a "divergência" precisam ocorrer na "hora propícia, no palanque". "Não estou falando em nome do PMDB. Falo em meu nome." Pezão afirmou não acreditar que o rompimento prejudicará a apreciação da proposta de mudanças do ICMS no Congresso.
Mais cedo, Eduardo Cunha anunciou o rompimento com o governo Dilma e disse que, como político, tentará no Congresso do PMDB, em setembro, convencer a legenda a seguir o mesmo caminho.
A decisão do presidente da Câmara foi motivada pela acusação de que ele teria recebido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo Setal.
A denúncia foi feita na quinta-feira (16) pelo empresário Júlio Camargo, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.