Moscou admite possíveis respostas para novas sanções dos EUA
A Rússia não descarta a possibilidade de aplicar contramedidas em resposta às novas sanções colocadas em prática pelos Estados Unidos contra 11 personalidades e pelo menos 15 companhias deste país.
Publicado 01/08/2015 17:12
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, afirmou que sua nação se reserva ao direito de responder com passos simétricos às medidas anunciadas por Washington para reforçar o castigo a Moscou por sua posição na crise ucraniana.
Os Estados Unidos, que aprovoram cerca de 300 milhões de dólares para o fornecimento de armamentos à Ucrânia, onde um governo de extrema-direita foi instalado depois de um golpe de Estado em fevereiro de 2014, acusa a Rússia de promover a guerra e inclusive de invadir esse país.
Moscou rechaça tais acusações completamente infundadas e, pelo contrário, chama o Ocidente a evitar um incremento da intensidade da guerra nas regiões de Donetsk e Lugansk, sudeste do país.
Peskov reiterou que as sanções são ilegais e contradizem o direito internacional, bem como danificam fortemente as relações entre Rússia e Estados Unidos.
Sobre esse assunto, o ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, chamou a União Europeia (UE) a abster-se de imitar os passos dados por Washington e condenou novamente a política de sanções, com o emprego de pretextos artificiais.
Anteriormente, a Rússia aplicou contramedidas diante da avalanche de sanções unilaterais da UE e da Casa Branca que incluiu a proibição para a entrada neste país de uma lista de produtos como carnes, queijos, vegetais, frutas e lacticínios dessas nações.
Além da UE e dos EUA, a resposta de Rússia também abarcou o Canadá, Austrália e Noruega, entre os mais ativos em promover as restrições contra este estado.