Tropas israelenses matam dois palestinos durante protestos
O palestino Laith al Khaladi, de 17 anos, morreu durante a noite passada devido aos ferimentos sofridos por fogo do Exército israelense, nesta sexta-feira (31) perto de Bir Zeit, mos arredores de Ramala, em protestos pelo assassinato de um bebê palestino por parte de colonos israelenses em Duma, perto de Nablus.
Publicado 01/08/2015 12:41
Khaladi, residente do campo de refugiados de Yalazone (ao norte de Ramala) recebeu um tiro após ter lançado um coquetel molotov contra o posto militar israelense de Atara, no território palestino ocupado da Cisjordânia, segundo relataram fontes militares à agência Efe.
Além de Khaladi, Mohammed Hamed al-Masri, também de 17 anos, foi morto no norte da Faixa de Gaza e outro jovem ficou ferido por disparos das tropas quando se aproximaram da cerca divisória entre Gaza e território israelense durante as manifestações.
Nesta sexta (31) foram registrados protestos de jovens palestinos perto da passagem de controle militar de Qalandia, a principal entre Jerusalém e Ramala, assim como nas cidades palestinas de Qadum (perto de Nablus), Jaljul e Hebron (no sul da Cisjordânia), na Cidade Antiga de Jerusalém, e no bairro de Issawiya.
Segundo dados da agência palestina "Maan", chega a 20 o número de palestinos mortos por fogo de forças israelenses neste ano.
Entenda o caso
Ataques de colonos israelenses contra civis palestinos são comuns na região, dado que judeus gozam de tratamento privilegiado e raramente são condenados por suas hostilidades.
A Cisjordânia é um território palestino controlado pela ANP (Autoridade Nacional Palestina), mas cujas terras são constantemente anexadas pelo governo israelense.
Na quarta-feira (29/07), por exemplo, Netanyahu autorizou a construção de 300 novas casas no assentamento judaico de Bet O, no território palestino ocupado.
Cerca de 500 mil judeus moram em mais de 100 assentamentos construídos desde a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental em 1967. A atitude é considerada ilegal pelo direito internacional e pelas Nações Unidas.