Publicado 06/08/2015 14:34

"Quando estudei da primeira vez, eu tinha 17, ou 18 anos. Depois me casei, vim embora para cá, e fiquei esse período todo (sem estudar). Tive que começar a aprender tudo de novo, tive um pouco de dificuldade, no início", conta a aluna e agricultora Maria das Graças, que vive na zona rural do Distrito Federal.
No mesmo assentamento, outros dez trabalhadores aprenderam a ler e escrever pelo Pronera. José fez todo o curso e foi alfabetizado: "eu estou muito satisfeito, eu que não sabia nem assinar o nome, mudou muito minha vida. Hoje já assino meu nome, já escrevo e leio muito bem."
Ele conta que, no trabalho, as coisas também melhoraram. "A gente, que é agricultor, que tem as coisinhas para vender. No dia a dia, mudam os preços. Então, antes, a gente não sabia o preço do quilo do tomate, da couve, do alface. Hoje, a gente a gente pode entrar na internet, no Seasa, e ficar sabendo o preço do dia. Antes a gente não tinha essa teoria."
Para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de garantir mais cidadania para essas pessoas, o Pronera contribui para que os trabalhadores permaneçam no campo.
"É um programa que atende em todo o Brasil, temos cursos em todos os estados, em todas as modalidades, dependendo da demanda social. São os trabalhadores que demanda os cursos e as universidades ofertam", conta Raquel Vuelta, coordenadora do Pronera.
"Quanto mais você aprender, melhor. Se você não tem nada, é muito difícil. Então, o aprendizado é muito bom", conclui a aluna Maria das Graças.