Desmascarado e murcho pelos atos, golpismo tucano agora quer renúncia

Como não conseguiram emplacar o impeachment e diante da murchada dos ”atos” golpistas, a oposição tucana e a mídia manobram para manter o desgaste midiático do governo legitimamente eleito da presidenta Dilma Rousseff. Querem uma rendição da presidenta, que já avisou: “Eu envergo, mas não quebro”.

Por Dayane Santos

Dr. Rosinha: Período da impunidade

Sem condições políticas e muito menos jurídicas para o impeachment, os golpistas querem que a presidenta se curve e admita supostos “erros” para continuar a governar.

Fernando Henrique Cardoso, por meio de sua página nas redes sociais disse que “embora legal”, para ele, o governo da presidenta Dilma “é ilegítimo” e prega que ela deveria renunciar ou admitir seus erros.

FHC deveria começar seguindo o próprio conselho e pedir desculpas pelos oito anos de desgoverno que levou a quebradeira generalizada da indústria, arrochou os salários e as aposentadorias, levou milhões de brasileiros ao desemprego, entregou o patrimônio nacional com as privatizações ao capital estrangeiro e jogou milhões na miséria. Este seria “um gesto de grandeza”.

O senador José Serra (PSDB-SP) também seguiu a mesma cantilena. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (17), ele confessa que não há provas para o impeachment, mas disse que a presidenta não deve chegar ao fim o mandato.

“Não existem ainda comprovadamente [razões para o impeachment de Dilma]. Sempre tem um componente político, mas estamos numa etapa anterior”, afirmou o contraditório tucano, pois se não há razões para impeachment, muito menos há razões para renúncia.

Serra seguiu o mesmo discurso inconformista de FHC: “Única saída não traumática seria a renúncia, mesmo assim seria traumático”.

Outro a tagarelar foi o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) que afirmou que vai apoiar eventual pedido de impeachment na Câmara. Ora, essa não é nenhuma novidade, mas ele não quis perder a chance de aparecer.

Já o candidato derrotado nas urnas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse que não estará longe do “jogo”. Ele afirma ainda que o PSDB está em sintonia com os grupos que convocaram os protestos de domingo (16), ou seja, em sintonia com o golpismo dos inconformados que votaram nele.

Vale lembrar que foi a primeira vez que Aécio participou do ato. Nos dois anteriores, mesmo tendo convocado, Aécio não compareceu e ganhou elogios do tipo "traidor" e "frouxo" das tresloucadas lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) e dos Revoltados Online, com os quais agora ele diz estar alinhado.

Vértebra

O que os tucanos classificam como "erro" não passa do inconformismo por conta da derrota nas urnas que sofreram lograda pela quarta vitória consecutiva pelas forças progressistas. 

Dilma, que enfrentou a ditadura e não se rendeu mesmo sob tortura física, não se curva a uma revoada de tucanos depenados. Em recente entrevista, a presidenta Dilma foi enfática: “Jamais cogito renunciar”. E completou: “A cultura do golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de ocorrer”.

O que o povo brasileiro quer é solução para a crise econômica. E isso a presidenta Dilma tem demonstrado construir. Busca redefinir a base aliada, reforça o diálogo com os movimentos sociais e com os demais setores da sociedade e, principalmente, tem reafirmado o seu compromisso em manter as conquistas sociais dos últimos anos.

Erros todos nós cometemos. E parte inerente do processo chamado viver. Diferentemente dos golpistas da oposição, que quando governo deixaram de lado o povo mais pobre afundando o país no desemprego e na miséria, Dilma tem lado. “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”, declarou Dilma durante entrega de casa do programa Minha Casa, Minha Vida.