Setores em crise oferecem reajustes mais generosos que o dos bancos
Enquanto os bancos se negam a cobrir até mesmo a perda inflacionária no reajuste salarial dos bancários, setores que enfrentam a crise de modo mais direito fazem ofertas menos gananciosas.
Publicado 22/10/2015 16:11

Mesmo com as quedas nas vendas de automóveis, dezenas de empresas do ABC paulista, por exemplo, ofereceram a seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.
O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.
O Comando Nacional dos Bancários se nega a votar uma proposta que não cubra pelo menos a inflação. Para Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe e membro do Comando Nacional, bancos estão sendo ganancioso com os trabalhadores e irresponsáveis com a população. "As propostas feitas até aqui são incompatíveis com os ganhos do setor e um desrespeito à categoria. O mínimo para começar um diálogo é repor a inflação!, afirma.
Em apoio à greve dos bancários, um tuitaço com a hashtag #Exploraçãonãotemperdão está sendo feito hoje (22), no Twitter.