Setores em crise oferecem reajustes mais generosos que o dos bancos

Enquanto os bancos se negam a cobrir até mesmo a perda inflacionária no reajuste salarial dos bancários, setores que enfrentam a crise de modo mais direito fazem ofertas menos gananciosas.

Bancários lançam Campanha Nacional 2015 no Centro de Fortaleza

Mesmo com as quedas nas vendas de automóveis, dezenas de empresas do ABC paulista, por exemplo, ofereceram a seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.

O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.

O Comando Nacional dos Bancários se nega a votar uma proposta que não cubra pelo menos a inflação. Para Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe e membro do Comando Nacional, bancos estão sendo ganancioso com os trabalhadores e irresponsáveis com a população. "As propostas feitas até aqui são incompatíveis com os ganhos do setor e um desrespeito à categoria. O mínimo para começar um diálogo é repor a inflação!, afirma.

Em apoio à greve dos bancários, um tuitaço com a hashtag #Exploraçãonãotemperdão está sendo feito hoje (22), no Twitter.