Aplicativo vai ajudar no combate à violação de direitos humanos

Bastou o Ministério da Educação divulgar o tema da redação do Enem deste ano no Twitter para que as redes sociais fossem tomadas por manifestações elogiosas por um lado e agressivas por outro. Por incrível que pareça, falar sobre a persistência da violência contra a mulher no Brasil não foi considerado importante ou válido por todo mundo.

Estupro - Reprodução

No primeiro dia de provas, uma questão sobre o feminismo também já havia causado polêmica. Para quem acompanha as interações na rede, nenhuma novidade. O professor da Universidade Federal do Espírito (Ufes), Santo Fábio Malini, diz que os movimentos em defesa dos direitos humanos são vistos de maneira muito pejorativa na internet. E ele acredita que a instabilidade política do país tem ajudado os discursos de ódio a ganharem fôlego, assim como a falta de mediação em espaços onde é possível maior controle.

Dentro do Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da Ufes, Malini coordena a elaboração de um aplicativo que vai filtrar em tempo real postagens públicas feitas no Facebook, no Twitter e no Instagram relacionadas a quatro temas: mulheres, indígenas população negra e LGBT's. O Monitor de Direitos Humanos deve estar disponível para uso público a partir do próximo dia 20 de novembro.