Senadores criticam propostas do PMDB na “Ponte para o futuro” 

Preocupado com a precarização dos direitos dos trabalhadores, o senador Paulo Paim (PT-RS) se disse surpreso com carta publicada pelo PMDB, intitulada “Ponte para o futuro”, que, na opinião dele, pode levar a uma fragilização maior para os empregados em suas relações com os patrões. 

Senadores criticam propostas do PMDB na “Ponte para o fututo”

Entre os projetos defendidos pelo PMDB, está o que dá mais força aos acordos e negociações coletivas do que aos direitos previstos em lei, disse o senador. “Na prática, ela vai tocar no piso salarial, na carteira assinada, porque não tem motivo mais ter CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), 13º salário, jornada de trabalho, fundo de garantia, férias, aviso prévio, seguro-desemprego, e o mais recente projeto das empregadas domésticas. Todos vão ficar fragilizados”, avalia o senador petista.

As críticas ao documento do PMDB não vieram apenas do petista. O senador peemedebista Roberto Requião (PR) fez duras críticas ao texto da Fundação Ulysses Guimarães com sugestões do PMDB para a superação da crise. Para ele, o texto deveria ser “definitivamente enterrado” no congresso da legenda, marcado para o próximo dia 17.

O senador declarou: “Eles não querem reduzir o pagamento de juros, reduzir os juros do Banco Central; eles querem cortar saúde, educação, salário e previdência social. Este não é o PMDB de Ulysses Guimarães”, afirmou, ao criticar também a sugestão classificada por ele de “parlamentarismo ilegítimo, travestido de presidencialismo”.