Até Bill Clinton sabe: “O Brasil não está afundando”

Ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton deu uma aula de otimismo aos empresários brasileiros, nesta quinta (12), em Brasília, durante discurso no 10º Encontro Nacional da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo ele, o Brasil não está “afundando” e, no futuro, os brasileiros irão questionar a razão de terem se preocupado este ano.

Bill Clinton

Clinton disse que os desafios econômicos que o Brasil enfrenta deveriam ser vistos com mais tranquilidade pelos empresários do país. “Os desafios políticos são uma chance para, daqui a cinco anos, vocês olharem para trás e pensarem: com o que estávamos nos preocupando?”, disse. Ele ressaltou que no Brasil não há conflitos religiosos nem guerras e lembrou os avanços que o país obteve nos últimos anos.

“Eu conclamo vocês a refletir sobre as notáveis mudanças que ocorreram no país durante os últimos 20 anos”, disse o norte-americano, citando ainda o “sucesso dramático” do Brasil em diversificar sua economia e conter a devastação das florestas tropicais.

“Não existe como passar por tudo isso [avanços] sem distorções e imperfeições. Enormes oportunidades foram criadas. Não podemos controlar tudo, mas podemos controlar como lidamos com isso”, disse. “O barco do Brasil não está afundando”, acrescentou.

O ex-presidente norte-americano disse ainda que o Brasil é um país que tem enorme riqueza em recursos naturais e que o progresso social e as políticas inclusivas e econômicas devem encorajar os empresários brasileiros.

“É natural que eventos negativos dominem as manchetes, mas o futuro é forjado pelas perspectivas de longo prazo”, declarou. Segundo ele, há “poucos lugares no mundo” para ser tão otimista como no Brasil.

Clinton disse ainda que “preferiria estar na posição do Brasil do que na de muitos outros países”. Durante a palestra, ele reforçou que o potencial de crescimento ainda existe. “A capacidade do Brasil de fazer as coisas acontecerem é incrível”, exaltou.

“Vocês estão no meio de um esforço de tornar o seu sistema político transparente. Isso será bom daqui a alguns anos”, afirmou.