Aumenta intenção de voto na extrema-direita francesa
A França vive uma perspectiva negativa diante da ascenção na intenção de votos na Frente Nacional (FN), de extrema-direita, para as eleições regionais deste domingo (6).
Publicado 06/12/2015 14:53

A formação obteria 30% dos votos, o que representa uma alta de quatro pontos, segundo uma pesquisa da empresa Odoxa realizada para alguns meios locais de imprensa.
O partido conservador Os Republicanos e sua aliança com a União de Democratas e Independentes (UDI), que há três meses estava acima de 30%, concentra 29%.
Por sua vez, o Partido Socialista (PS), no governo, ficaria na terceira posição com 22%.
O primeiro-ministro Manuel Valls conclamou os franceses exercerem o voto fazer a FN retroceder. "Cada um deve tomar suas responsabilidades para impedir que ganhe", explicou.
Essas eleições em dois turnos, que ocorrerão em 6 e 13 de dezembro, serão as últimas a nível nacional antes das presidenciais de 2017.
As mesmas se desenvolverão em um ambiente difícil, há pouco mais de três semanas dos atentados nesta capital e em um contexto marcado pelo estado de emergência decretado desde então.
Apesar da popularidade do chefe de Estado francês, François Hollande, ter se elevado após os atentados de 13 de novembro último, persiste o descontentamento entre a população em relação à gestão governamental ante problemas domésticos como o desemprego.
A julgamento de Emmanuel Riviare, diretor da unidade de estratégias de opinião do Instituto TNS Sofres, uma leitura impõe-se: o tripartidismo está bem instalado na França com um partido em forte dinâmica, o FN.
Na opinião de especialistas, as eleições regionais constituirão uma prova de fogo para o Executivo porque terão lugar depois das departamentais de finais de março passado, as quais resultaram um novo revés para o governo.
A aliança entre a conservadora União por um Movimento Popular (cujo nome atual é Os Republicanos), e a UDI, ganhou 66 departamentos dos 101 do país. O PS, que administrava 61 desses departamentos, perdeu 25.
A Frente obteve 21% dos votos, mas não conquistou nenhuma das demarcações.
Dessa forma, o PS acumula vários reveses eleitorais consecutivos nos últimos meses: nas municipais, europeias, parciais ao Senado e departamentais.
Fonte: Prensa Latina