Estudantes em SP seguem na luta por uma educação de qualidade
Um grupo de estudantes realizou manifestação nesta segunda-feira (14), pedindo melhorias na educação e a suspensão definitiva da reorganização escolar. Os alunos protestaram na região do Butantã, na capital paulista, de forma pacífica, informou a Polícia Militar. Não há estimativa do número de participantes. O ato teve início às 7h40 e, por volta das 9 horas, bloqueava a Rodovia Raposo Tavares, no cruzamento com a Avenida Benjamin Mansur.
Publicado 14/12/2015 12:11
O número de escolas desocupadas em São Paulo aumentou para 105 no início da manhã desta segunda-feira (14), segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Estudantes ainda mantêm ocupações em 111 unidades, em defesa de um debate mais amplo sobre a educação, envolvendo todas as partes, no próximo ano. Os dados do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) são diferentes e estimam que 118 escolas foram desocupadas e 95 unidades seguem ocupadas.
A Secretaria informou que registrou Boletim de Ocorrência nos casos em que as escolas foram devolvidas com depredação ou objetos furtados. Informou ainda que, conforme as escolas estão sendo desocupadas, as aulas de reposição estão sendo organizadas.
A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do estado suspender a reorganização do ensino. O projeto da Secretaria previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino na região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo o governo, era segmentar as unidades em três grupos, conforme a idade e o ano escolar. De acordo com o órgão, a segmentação melhora o rendimento dos alunos.
Luta por democracia na gestão tucana
Segundo a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer, a luta para travar um diálogo com o governo Alckmin seguirá adiante: “Alckmin está sentindo as consequências de governar com truculência e não dialogar com a população. Vamos continuar cobrando a democracia que não existe em seu governo, que ele dialogue com os movimentos sociais e com a comunidade escolar. Temos muitas propostas para avançar na pauta educacional, como, por exemplo, no que diz respeito à gestão democrática das escolas e reformulação do currículo escolar”, avalia.