Dualidade de listas gera impasse na volta de Picciani à liderança

Depois de conseguir protocolar uma lista com 36 assinaturas para o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) poder retornar à liderança do PMDB na Câmara, a Mesa Diretora da Casa rejeitou nesta quinta-feira (17) a lista, argumentando que o deputado Vitor Valim (CE) também entrou com uma lista de assinaturas que pedia a substituição de Picciani, e com isso criou-se uma dualidade. Picciani prometeu recorrer e buscar novos apoios.

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O ex-líder peemedebista precisa reunir metade mais um da bancada do partido – hoje com 69 parlamentares – para poder voltar à função. “Acho que fui vítima de um instrumento de força que é ruim para o partido, que constrange os deputados. Fui obrigado a fazer a lista porque foi a única forma de retornar à liderança e manter o calendário de eleição [para que novo líder seja escolhido em fevereiro do próximo ano]. Lamento que isto tenha ocorrido, mas agora restauramos a decisão democrática”, disse. Segundo o deputado, o argumento usado na conversa com deputados peemedebistas foi o alerta sobre o uso de listas para aprovação de nomes para o cargo em detrimento de eleição.

Diálogo

O peemedebista afirmou que com a confirmação das assinaturas retomará a liderança, mantendo o diálogo com o Palácio do Planalto. “Continuarei dialogando com a presidenta Dilma [Rousseff]. A maioria da bancada tenho certeza que preza o diálogo, embora alguns reclamem. Conversando é que se encontram os caminhos para os desafios”, concluiu.