Ibama e MPF unificam ação para recuperar a bacia do Rio Doce

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e o Ministério Público Federal trataram nesta segunda-feira (21) de unificação de ações e caracterização do plano de recuperação da bacia do Rio Doce.

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O encontro, realizado em Belo Horizonte (MG), é um passo a mais na busca por atenuar os estragos de grande proporção provocados pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em novembro.

A barragem faz parte de uma mina operada pela Samarco, mineradora pertencente à Vale e à BHP Billiton Brasil, e seu rompimento matou 15 pessoas, provocando devastação ambiental em Mariana e na bacia do rio Doce.

Diante do desastre, em meados deste mês o Ministério Público abriu uma ação civil pública contra as companhias responsáveis pelo desastre.

Na sequência a esse fato, o juiz federal substituto da 12ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais, Marcelo Aguiar Machado, determinou, no sábado passado, o bloqueio de bens da Vale e BHP Billiton.

Determinando, ainda, que as companhias façam o depósito judicial de R$ 2 bilhões. O dinheiro será usado para executar o plano de recuperação integral dos danos do rompimento da barragem.

A presidenta do Ibama, Marilene Ramos, disse que espera que Samarco apresente, até o fim deste mês, um plano de ação de curto prazo, para os próximos seis meses.

Esse plano terá que conter ações para recuperação do primeiro trecho do desastre, desde a área da barragem do Fundão até a barragem de Candonga, no Rio Doce.

“Essa é a área mais próxima da zona de ruptura e na qual está depositado o maior volume de rejeitos”, disse a presidenta do Ibama.

Ela informou que em janeiro será realizado em Brasília um encontro de especialistas para tratar de desastres similares, em ação destinada a sustentar a ação civil pública em análise na Justiça e o plano de recuperação do rio.