Damous: Resultado negativo no balanço de 2015 na Câmara

No que diz respeito à Câmara Federal, o deputado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção RJ, Wadih Damous Filho (PT-RJ) diz que não há como fazer um balanço positivo das atividades da Câmara dos Deputados diante do comportamento do presidente da Casa, o Deputado Eduardo Cunha.

“Obviamente, o balanço é negativo”, diz Wadih Damous. O deputado reclama que Eduardo Cunha “impôs à Câmara dos Deputados uma pauta muito mais do que conservadora, uma pauta reacionária, através de manobras regimentais, através de violações constantes da Constituição e de violações do ordenamento jurídico brasileiro.”

Damous avalia que, embora seja um deputado de primeira legislatura, esta foi a pior legislatura da história da Câmara dos Deputados:

“Não consigo vislumbrar algo pior, em termos de história da Câmara dos Deputados, do que foi essa legislatura presidida por Eduardo Cunha.”

Sobre aqueles deputados que apoiam o processo de impeachment presidencial, Wadih Damous afirma que se fossem verificados os antecedentes desses parlamentares, todos deveriam estar no banco dos réus.

“Se você for pegar a folha corrida, a folha criminal da maioria daqueles que subscrevem o impeachment da presidente, eles é que deveriam estar no banco dos réus, e não uma mulher honrada. Você pode discordar do Governo dela, pode discordar da política econômica, mas não quanto à honradez da Presidenta Dilma e quanto ao fato de ela não ter cometido qualquer tipo de irregularidade que possa ser configurada como crime de responsabilidade.”

O deputado acredita ainda que o processo de impeachment presidencial não vai adiante. “Isso vai ser barrado, o Supremo já definiu o rito. A tentativa de golpe que passava pelo rito também foi derrotada no Supremo Tribunal Federal, e agora,se esse processo andar, a presidente tem assegurado um rito que respeita a Constituição.”

A expectativa, segundo o Deputado Wadih Damous Filho, é de que o processo de impeachment seja barrado ainda no âmbito da Comissão Especial da Câmara.