Para Bresser-Pereira o Brasil está saindo da crise

O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira afirmou em seu página do Facebook que o Brasil está saindo da crise. Bresser condenou o pessimismo e destacou o superávit comercial de 2015.

Bresser-Pereira

O economista Bresser-Pereira, que ocupou três diferentes ministérios nas décadas de 1980 e 1990, tem feito seguidos pronunciamentos manifestando discordância com o receituário neoliberal e defendendo a retomada do crescimento. Nesta quarta feira (05), Bresser escreveu em sua página do Facebook: “enquanto os economistas ortodoxos ficam tolamente indignados porque o ajuste fiscal "não é suficiente para tirar o país da crise" e os economistas da esquerda igualmente ficam também tolamente indignados porque "o ajuste fiscal está aprofundando a crise", eu tenho insistido que o ajuste principal o mercado (a lei da oferta e da procura) já fez – o da taxa de câmbio – e tenho previsto que logo a economia brasileira estará saindo da recessão”. Otimista, o ex-ministro enfatizou que “o pessimismo de um lado e de outro é mera incompetência".  

Bresser-Pereira, destaca que as últimas notícias sobre a situação econômica estão confirmando suas previsões otimistas e cita como exemplo o superávit comercial de 2015 que para ele foi "supreendentemente" maior do que se esperava. Ainda sobre as exportações, o economista ressaltou a notícia do jornal Valor Econômico informando que os bens industrializados voltaram a liderar as exportações depois de um longo inverno de liderança das commodities.

Com seu estilo bem humorado, mas muito enfático, Bresser conclui sua postagem afirmando que “um dia ortodoxos e a esquerda conseguirão revogar a lei da oferta e da procura, mas enquanto isto não acontecer vamos tratar de ver o que acontece com os preços macroeconômicos, principalmente com o mais estratégico (e mais esquecido porque mais temido) de todos: a taxa de câmbio. Ela já está além do equilíbrio competitivo, que estimo ser hoje de cerca de R$ 3,80 por dólar, as as boas empresas brasileiras voltaram a ser competitivas”.