PCdoB convoca militância para Lavagem do Bonfim
Com o mote “PCdoB 2016, coragem pra lutar”, os militantes do Partido Comunista do Brasil participam, nesta quinta-feira (14), da tradicional Lavagem do Bonfim, em Salvador (BA). Este ano, o bloco do partido contará com a presença da líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), que, junto com os deputados federais da Bahia, Alice Portugal, Daniel Almeida e Davdison Magalhães e demais militantes, mostrará a força do partido e o desejo por uma Salvador melhor e mais humana.
Publicado 11/01/2016 11:09
Para Alice Portugal, esse é o momento de a militância mostrar sua coragem e organização. “Essa é uma das festas mais importantes da Bahia. Estaremos lá junto com o povo e com o anseio em ver Salvador melhor administrada, preocupada com sua população e com políticas estruturantes e de inclusão. O PCdoB tem no seu DNA a defesa dos direitos do povo e a participação nos movimentos sociais. Não poderíamos ficar de fora de um momento tão importante como este.”
A lavagem da igreja teve início em 1773, quando os integrantes da “irmandade dos devotos leigos” obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim.
Posteriormente, para os adeptos do candomblé, a lavagem da Igreja do Senhor do Bonfim passou a ser parte da cerimônia das Águas de Oxalá. A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o átrio, embora atualmente o ritual se revista de um perfil ecumênico.
A lavagem festiva acontece com a saída, pela manhã da quinta-feira, do tradicional cortejo de baianas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, que segue a pé até o alto do Bonfim, para lavar com vassouras e água de cheiro as escadarias e o átrio da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim.
Todos se vestem de branco, a cor do orixá, e percorrem oito quilômetros em procissão, desde o largo da Conceição até o largo do Bonfim. O ponto alto da festa ocorre quando as escadarias da igreja são lavadas por cerca de 200 baianas vestidas a caráter que, de suas “quartinhas” – vasos, que trazem aos ombros – despejam água nas escadarias e no átrio da igreja, ao som de palmas, toque de atabaque e cânticos de origem africana. Terminada a parte religiosa, a festa continua no largo do Bonfim, com batucadas, danças e barracas de bebidas e comidas típicas.
No domingo seguinte à lavagem, os devotos se reúnem na Igreja dos Mares para a procissão dos Três Pedidos, que percorre o largo de Roma em direção ao Bonfim. Na chegada à colina do Bonfim, os fiéis dão três voltas em torno da Basílica, fazendo três pedidos. Uma pregação, bem como uma missa solene e a benção do Santíssimo Sacramento, encerram os festejos.