Governo conta com retomada do crescimento para aumentar empregos
Em coletiva de imprensa, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto, afirmou que o governo conta com a retomada do crédito, a elevação das exportações, a recuperação do mercado interno e os investimentos em concessões para criar empregos este ano. A declaração foi dada após a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicam fechamento de 1,5 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada em 2015.
Publicado 21/01/2016 19:04

“2015 foi um ano difícil. Os números não são bons”, disse Rosseto. “Mas as conquistas dos últimos anos estão preservadas, pois o estoque de empregos continua alto”, completou.
O ministro reconheceu que há um cenário internacional restritivo. Mas elencou fatores que podem ajudar a mudar a trajetória declinante da atividade econômica, e, assim, impulsionar o mercado de trabalho. Na ocasião, citou a expansão do crédito, aumento dos investimentos via concessões, câmbio, recuperação da indústria nacional e do mercado interno com a queda da inflação.
“As iniciativas de 2015 foram tomadas, a começar pelo ajuste do câmbio, que começa a ter efeitos positivos”, afirmou.
“Expectativa de redução da inflação, investimentos a partir das concessões, todas essas iniciativas e retomada de crédito, que vem sendo pautada e trabalhada pelo ministro Nelson (Barbosa, da Fazenda) e pela equipe econômica, todos esses movimentos vão no sentido de alterar esse quadro e retomar a nossa atividade econômica. É isso que nos dá confiança”, acrescentou.
Segundo Rossetto, o governo trabalha para direcionamento de crédito especialmente para o capital de giro de pequenas e médias empresas, para desafogá-las. Ele também citou uma demanda forte em áreas como a construção civil e chamou a atenção para o aumento das exportações, diretamente beneficiadas pela alta do dólar em relação ao real.
“Ampliar os investimentos em áreas como construção civil tem resposta imediata e é isso que estamos fazendo. Portanto, achamos sim que há um espaço forte de expansão do crédito com expansão da demanda e geração de trabalho e emprego”, afirmou.
Rossetto também comentou a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 14,25%. Segundo o ministro, o crescimento econômico é o objetivo essencial do governo.
“O Banco Central trabalha na sua autonomia, mas é uma sinalização de estabilidade dentro de um esforço nacional de recuperação da atividade econômica. O crescimento econômico é a meta fundamental e, portanto, esta posição de estabilidade sinaliza uma possibilidade positiva de respondermos à prioridade de crescimento econômico neste ano no país.”