Presidente da Guiné-Bissau busca soluções para a crise política

O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou que iniciará um processo de consulta das forças vivas nacionais para encontrar soluções para a crise política que fustiga hoje o país.

Guiné-Bissau - Andre Kosters/EPA

"No âmbito de suas competências constitucionais, (o presidente da República) ativará todos os mecanismos, em particular a consulta das forças vivas da nação, com o objetivo de encontrar as melhores vias para uma saída à atual crise", indica um comunicado oficial citado por meios jornalísticos.

O chefe de Estado pede também um diálogo entre as diferentes forças políticas em confronto, para que atinjam "longos consensos e compromissos em questões de interesse nacional".

A crise começou em Guiné-Bissau quando Vaz vetou em 12 de agosto de 2015 o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira ao argumentar incompatibilidades pessoal e falta de confiança.

Mais tarde, nomeou Baciro Djá no cargo, no entanto, o Tribunal Supremo de Justiça considerou inconstitucional o decreto presidencial e obrigou o presidente a convidar o dirigente do Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde (Paigc) a que designasse um novo chefe de governo.

Carlos Correia, de 81 anos, foi nomeado primeiro-ministro em 8 de setembro passado após semanas de instabilidade.

Atualmente, o conflito instalou-se no Parlamento que tenta votar, e por conseguinte que seja aprovado, um programa de governo, rejeitado por 15 deputados do Paigc, afastados das fileiras do Partido e que perderam seu mandato.