Mais Médicos: Metade dos profissionais decidiu permanecer no programa
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (26) que dos 2.246 profissionais que concluem um ano de atuação no programa Mais Médicos nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 1.266 (56%) vão permanecer na mesma vaga por até mais três anos. Depois de um ano de atuação, eles poderiam sair do programa e garantir a bonificação de 10% em exames para ingresso em residência médica, mas decidiram continuar.
Publicado 27/01/2016 11:45

Os 1.173 postos restantes serão disputados pelos 12.791 médicos brasileiros com registro no País já inscritos, que devem indicar as opções de cidades até a próxima quarta-feira (27).
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a relevância desse grande número de brasileiros interessados em continuar no Mais Médicos. “Isso reforça o que os dados e pesquisas já vinham indicando: os médicos brasileiros não só estão aprovando o Programa, como estão vendo nele uma boa oportunidade de aprendizado e atuação na Atenção Básica”, declara o secretário. “É possível que vários deles nem viessem a ter contato com a Atenção Básica se o Mais Médicos não tivesse sido criado. É assim que estamos começando uma mudança no perfil dos médicos no País”, completa.
Seleção
No total, 12.791 médicos tiveram a inscrição deferida para concorrer as vagas em 649 municípios. Entre eles, 10.652 optaram por participar na modalidade com duração de um ano e bonificação de 10% em provas de residências, enquanto 2.139 escolheram ingressar para permanecer três anos com auxílios moradia e alimentação, pagos pelas prefeituras. Essa alta adesão de médicos brasileiros mantém a tendência dos editais anteriores, gerando uma concorrência de quase 11 candidatos por vaga.
O próximo passo para os médicos inscritos é optar por municípios a partir desta segunda-feira (25), no sistema do Programa Mais Médicos. O prazo para escolha vai até esta quarta-feira (27). Cada profissional deve selecionar quatro cidades, em ordem de preferência.
Os médicos disputarão somente com aqueles que optarem pelas mesmas cidades. Quem não conseguir a posição terá acesso às vagas remanescentes em outra oportunidade, prevista para fevereiro. Caso nem todas as vagas sejam todas preenchidas após as duas chamadas para brasileiros com CRM Brasil, o edital será aberto a brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, a profissionais estrangeiros.
Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as mesmas regras adotadas nos editais anteriores, nesta ordem: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; ter experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ou ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena) ou do VER-SUS. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento, e ter maior idade.
Reposição
O Ministério da Saúde garante a reposição constante de todas as desistências, por meio de editais trimestrais para preenchimento dessas vagas. No primeiro edital de reposição, lançado em julho de 2015, foram ofertadas 276 vagas, e no segundo, em outubro, 326. Todas as vagas foram ocupadas por médicos com CRM Brasil.
No primeiro chamamento de 2015, os médicos brasileiros ou brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 oportunidades oferecidas. Com a expansão, o programa conta com 18.240 vagas autorizadas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
Acesse a lista dos municípios disponíveis.
Mais Médicos
Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica levando médicos às regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e à reestruturação da formação médica no país.
No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).