Grécia vive sua primeira greve geral do ano

A Grécia vive nesta quinta-feira (4) uma jornada de greve geral, a terceira desde que Alexis Tsipras chegou ao governo e a primeira de 2016, convocada pelas principais organizações sindicais do país contra a reforma do sistema de seguridade social.

Greve geral na Grécia: primeira em 2016

Tanto a Confederação Geral de Trabalhadores (Gsee) como a Confederação de Empregados Públicos (Adedy), majoritárias no setor privado e estatal respectivamente, convocaram todos os trabalhadores a participar do protesto e a se unir às manifestações que se desenvolverão em todo o país.

Por sua vez, a Frente Militante de Todos os Trabalhadores (Pame), de orientação comunista, se somou à greve e convocou concentrações e marchas em 76 cidades.

Além disso, tanto a Confederação Helênica de Profissionais, Artesãos e Comerciantes (Gsevee) como a Confederação Nacional de Comércio e Empresas (Esee) também decidiram apoiar a mobilização, por isso as ruas do país têm hoje um aspecto incomum, com boa parte das lojas fechadas.

No setor de transporte, não haverá serviços de trem, metro nem táxis, enquanto ônibus urbano e os controladores aéreos levarão a cabo uma paralisação parcial ao longo do dia.

A frota marítima permanecerá atracada durante 48 horas, pois o sindicato de trabalhadores também se somou ao protesto na sexta-feira.

Somaram-se à greve outros coletivos como o de empregados de postos de gasolina, motoristas de caminhões, advogados, engenheiros e contabilistas.

No setor de saúde, farmacêuticos e médicos anunciaram sua participação na jornada, e só os serviços de emergência nos hospitais estarão funcionando.

Os agricultores, mobilizados há duas semanas, estabeleceram bloqueios em diversos pontos do país e em alguns postos fronteiriços e espera-se sua participação nas manifestações em Atenas e em outras cidades importantes.

Por sua vez, jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação levaram a cabo a greve durante o dia de quarta-feira (3).

Apesar do executivo ter anunciado que não serão efetuadas mudanças nas principais pensões, recortando apenas os subsídios suplementares e aumentando as contribuições, o partido Syriza (situação) apoiou o protesto com o objetivo de "proteger o caráter público, redistributivo e global do sistema de pensões".