Dirigente da Fequimfar fala sobre Brics e Lula 

O presidente da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo (Fequimfar), Sérgio Luiz Leite (Serginho), foi entrevistado no Programa da sexta-feira (12), na Rádio Web Agência Sindical. No estúdio da emissora, ele falou das expectativas quanto à campanha salarial dos 56 mil trabalhadores nas indústrias farmacêuticas, que tem data-base em abril. Serginho também comentou sobre a recente viagem à Rússia e disse que Lula “é um guerreiro”.  

Entrevista Sergio Leite Fequimfar - Agência Sindical

A Federação já fez Seminário e definiu pré-pauta. As entidades filiadas realizam assembleias nas bases. "Queremos recuperar perdas salariais e obter ganho real. Isso trará reflexos positivos à economia", diz Serginho.

A situação no setor é boa, frente a outros segmentos. Ele relata: "Em 2015, a indústria farmacêutica mais contratou que demitiu. É possível avançar”. A categoria reivindica reposição da inflação, 2% de aumento real, manutenção da PLR e garantia de conquistas já consagradas, como licença-maternidade de 180 dias e 40 horas.

Brics

Serginho esteve na Rússia, em janeiro, onde falou pelos trabalhadores brasileiros na reunião dos ministros de Trabalho do bloco (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O sindicalismo quer integrar os trabalhadores e fazer com que o progresso dos blocos chegue à base social. Nas relações de trabalho, ele aponta a Índia como a mais atrasada.

Codefat

Sérgio Luiz Leite é o titular da Força Sindical no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). "O FAT tem patrimônio, mas não tem dinheiro para a qualificação profissional – como fazia antes. Teve reduzida sua capacidade de pagar seguro-desemprego e abono a quem ganha até dois salários mínimos", critica.

Lula

No final do ano passado, Lula e Sérgio tiveram uma longa conversa. “Lula é guerreiro. É preciso muito pra abatê-lo. Ele, logicamente, está incomodado, porque tentam manchar um legado construído ao longo de uma trajetória bonita, até chegar à Presidência da República”. Para o sindicalista, é preciso fazer um debate racional e entender que um presidente da República pode, sim, comprar um apartamento. “Acho que precisamos refletir e não demonizar pessoas”, argumenta.

Ele conta: “A primeira vez que viajei de avião foi em 1990. Era coisa pra poucos. Agora, nos aeroportos, você constata a ascensão social. Andar de avião era inacessível ao operário. Hoje é comum. Temos de olhar positivamente a evolução da sociedade."

Reprise

O Programa será reprisado até quinta (18), ao meio-dia e às 23 horas. Você pode ouvir em www.agenciasindical.com.br ou em nossa página no soundcloud, clique aqui