Violência do Boko Haram causa fome a milhões de africanos

Por esse motivo as comunidades de refugiados na bacia do lago Tchade precisarão de US$ 75 milhões para cobrir as necessidades de nutrição imediatas até o final do primeiro semestre de 2016, segundo a servidora pública.

Desde dezembro passado, pela violência da organização Boko Haram nesta região, 400 mil pessoas tiveram que sair de seus lugares de origem.

Com essa cifra elevou-se a 2,8 milhões a quantidade de refugiados na zona, lembrou o jornal N'Djamena Hebdo.

A situação alimentar mais complicada está no território de Baga Sola, no norte tchadiano, onde se estabeleceram 22 novos acampamentos para deslocados, destacou McGroarty.

Em resposta à crescente insegurança alimentar e ao deslocamento contínuo na bacia do lago Tchade, o PMA propõe-se ampliar sua assistência de 600 mil a cerca de 750 mil pessoas, disse Denise Brown, diretora regional do PMA para a África Ocidental e Central.

No entanto, por falta de financiamento, o organismo da ONU está limitado a proporcionar toda a ajuda necessária a refugiados, deslocados internos, retornados e comunidades de acolhida.

O PMA assiste anualmente 80 milhões de pessoas de cerca de cem países, onde luta contra a fome e proporciona ajuda humanitária entregando alimentos em situações de emergência, entre outras ações.

Os ataques terroristas do Boko Haram contra refugiados, refugiados internos, retornados e comunidades de acolhimento a refugiados, de Iaundé, Abuja, Niamei e N'Djamena, provocam insegurança alimentar, deslocamentos e interrupções agrícolas e o comércio fronteiriço que atentam contra os meios de vida das comunidades e sua capacidade para produzir ou comprar alimentos.

Essa organização terrorista criada em 2002 deseja impor um estado islâmico regido pela lei Charia no nordeste da Nigéria, onde tem sua base central de operações.

Desde 2009, o Boko Haram soma na Nigéria, Camarões, Níger e no Tchade mais de 17 mil mortos e 2,6 milhões deslocados, segundo cifras oficiais.

Fonte: Prensa Latina