Ciência é coisa de menina, sim! 

Você já ouviu dizer que ciência não é coisa de menina? Que as garotas não levam jeito para matemática? Que só os meninos podem ser cientistas? Se ouviu, preste atenção: isso tudo é mentira – e das brabas! Na verdade, as mulheres têm, sim, muito talento para a ciência e vêm lutando há décadas para mostrar isso. Hoje, muitas delas têm funções e cargos importantes em diversas áreas, como o estudo dos mistérios do universo e dos segredos de outros planetas.

Ciência é coisa de menina, sim!

Um ótimo exemplo é a engenheira indiana naturalizada norte-americana Nagim Cox, da agência espacial norte-americana, a Nasa, e uma das responsáveis pelo controle da sonda Curiosity em Marte. Ela conta que na sua família só os meninos eram estimulados a seguir carreiras científicas:

“Nunca aceitei isso, lutei para concretizar meu sonho de estudar o universo”, diz Nagim. “O problema é que em muitos lugares do mundo, por motivos culturais ou religiosos, meninos e meninas são tratados de forma diferente e muitas garotas desistem dos seus sonhos por causa disso. Não é justo.”

A engenheira lembra de uma história interessante: sabe quem escolheu o nome Curiosity, para a sonda que está em Marte? Uma menina! Foi Clara Ma, estudante que sugeriu o nome vencedor num concurso da Nasa em 2009 e que passou a integrar a equipe da missão. “Isso mostra que a única coisa que afasta as meninas da ciência é a questão cultural, uma barreira que precisamos derrubar – e seus próprios amigos, os meninos, podem ajudar, incentivando os sonhos e planos de suas colegas”, pede Nagim.

Pelo espaço das meninas

Ao mesmo tempo em que atua como cientista, a engenheira continua a lutar pelo que acredita. Hoje, ela é uma espécie de embaixadora dos direitos das mulheres e viaja pelo mundo para dar palestras sobre o programa espacial e sobre a participação das mulheres na ciência. “Gosto de mostrar a importância de termos homens e mulheres trabalhando juntos em todas as áreas, construindo juntos o nosso futuro”, diz.

É claro que muita coisa mudou nas últimas décadas. Graças aos esforços de muitas mulheres e homens, elas hoje têm grande participação em várias áreas da ciência. A engenheira comemora, mas lembra que ainda há muito que fazer. “Ainda há lugares em que as meninas não podem sequer ir à escola e mesmo em países que estão mais avançados é preciso ficar atento para estimular ainda mais essa igualdade”, alerta.

Ela também dá um conselho para as meninas: “Quando escolherem o que farão no futuro, pensem em algo que seja apaixonante e mantenha sempre por perto as pessoas que entendem e apoiam seus sonhos, nunca deixe ninguém dizer que você não é capaz.”

Ainda falando sobre mulheres que estudam o universo, outro bom exemplo recente foi dado pela astronauta russa Yelena Serova, que está agora na estação Espacial Internacional. Antes de sua viagem, ela brigou com um jornalista durante uma entrevista: enquanto os outros astronautas, homens, respondiam perguntas sobre a missão, ela foi questionada sobre seu penteado. A resposta? “Você não tem interesse no penteado de meus colegas?”

O recado foi claro: não pense que as mulheres só ligam para a beleza – elas são tão capazes quanto os homens e estão indo cada vez mais longe, por méritos próprios!