Europeus treinados pelo EI são "maior ameaça terrorista à Europa"

Estimativa é de que entre 3 mil e 5 mil pessoas tenham recebido treinamento no Oriente Médio; ameaça não vem dos refugiados, diz polícia europeia.

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Mais de cinco mil terroristas retornaram para a Europa após terem sido treinados pelo Estado Islâmico (EI), afirmou o Europol (Serviço Europeu de Polícia). Pelas estimativas oficiais, entre 3 mil a 5 mil cidadãos da União Europeia foram para o Oriente Médio receber treino, representando agora uma ameaça com o eventual regresso aos seus países, como informou o jornal britânico The Telegraph.

De acordo com o diretor do Europol, Rob Wainwright, a ameaça não consiste no enorme contingente de refugiados que tem ingressado no continente europeu fugindo de guerras e condições precárias em seus países, mas nos milhares de cidadãos europeus que receberam treinamento no Oriente Médio.

“Nós podemos esperar que o EI ou outros grupos terroristas preparem um ataque em algum lugar da Europa com o objetivo de causar um largo número de vítimas entre a população civil”, disse Wainwright, ao jornal alemão Neue Osnabrucker Zeitung. “A Europa está lidando com a maior ameaça terrorista em mais de dez anos.”

Wainwright ressaltou que não há dados concretos que indiquem que os terroristas estejam usando o fluxo de refugiados para se infiltrarem na Europa. Ao invés disso, a polícia europeia se preocupa com os cidadãos europeus treinados no Oriente Médio.

“Nós estamos lidando com um grande grupo formando principalmente por homens jovens que têm o potencial de levar a cabo atentados como aqueles que vimos em Paris”, afirmou Wainwright no mês passado, falando para deputados britânicos.

Em setembro, o responsável pelo combate ao terrorismo na União Europeia, Gilles de Kerchove, já indicara que cerca de três mil europeus viajaram para Síria e Iraque e que cerca de 30% deles já haviam regressado a seus países.

Somente no Reino Unido, 700 pessoas viajaram para apoiar grupos terroristas no Oriente Médio. De acordo com a inteligência britânica, pelo menos metade deles retornaram ao país.

Fonte: Diário Liberdade