Rubens Pereira Jr.: Projeto de Desenvolvimento do Maranhão 

A agricultura e a mineração desempenham papel central no desenvolvimento econômico de nosso estado. A primeira, principalmente, por garantir e alimentação e a sobrevivência de milhares de famílias maranhenses no interior. No entanto, devemos simultaneamente apostar em novas frentes de desenvolvimento, diversificando as atividades econômicas de nosso estado.

Por Rubens Pereira Jr.* 

Rubens Pereira Jr.: Projeto de Desenvolvimento do Maranhão

 Por isso, no último dia 11, logo após o carnaval, estive ao lado do governador Flávio Dino, de seu vice Carlos Brandão e de meu colega parlamentar o ex-governador José Reinaldo, em reunião com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo. Defendemos o projeto de construção de uma base naval para abrigar a 2ª Esquadra da Marinha na Baía de São Marcos, por sua posição estratégica para guardar nossa costa marítima ao Norte e Nordeste, bem como a entrada fluvial para a Amazônia.

Para além de seus ganhos para a segurança nacional, o projeto obviamente tem repercussões na economia local, pela demanda em construção e serviços. Segundo dados da própria Marinha, o megaempreendimento implicará a transferência para a região de São Luís de pelo menos seis mil militares. Esse número sobe para cerca de 12 mil pessoas, considerando os familiares.

A instalação de uma esquadra – como a que existe no Rio de Janeiro –, é um trabalho de longuíssimo prazo. Mais uma razão para que as obras comecem já. E está clara a viabilidade técnica, pelo posicionamento geográfico do Maranhão. Já foi realizado estudo da Marinha apontando nosso estado como ponto ideal para localização da Esquadra. Agora é preciso a força política para acelerar o processo, por isso, já comecei o ano gastando sola de sapato e batendo de porta em porta em defesa do projeto.

Mas a ideia que mais me faz sonhar com um futuro próspero para nosso estado é o de criação de unidade maranhense do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Na conversa com Aldo, apresentamos esse pleito ao ministro. Hoje, esse centro de ensino superior funciona em um único lugar do Brasil, em São José dos Campos (SP).

Com mais de 60 anos, a instituição oferece opção de seis cursos de graduação em engenharia, além de possibilidades de aprofundamento em áreas como a espacial e computacional. A maioria de seus alunos já vem do Nordeste. Por que não criar uma unidade em nosso estado? Ela poderá trabalhar com projetos de extensão em parceria com a engenharia da UFMA e em sintonia com o Centro de Lançamento de Alcântara, numa tabelinha que tende a potencializar tanto o programa espacial brasileiro quanto o ITA.

Imagine os efeitos de uma instituição como o ITA, que atua sempre com o tripé do Ensino, Pesquisa e Extensão! Nesta luta, pretendo mobilizar a bancada maranhense na Câmara para apresentarmos uma emenda orçamentária que garanta o início de construção do local a ser instalada a unidade do ITA no Maranhão.

São duas iniciativas – Segunda esquadra da Marinha e o ITA – que, com certeza, irão transformar as áreas de educação, tecnologia, defesa e, consequentemente, a economia do nosso estado. Seguiremos mantendo o contato com as pastas da Defesa, com a Marinha e a Aeronáutica para transformar essas ideias em realidade para o Maranhão.