MP instaura inquérito para investigar braço direito de Alckmin

O Ministério Público de São Paulo instaurou nessa segunda-feira (29) inquérito para investigar suspeita de enriquecimento ilícito contra o secretário-chefe da Casa Civil de São Paulo, Edson Aparecido dos Santos, o nº 1 do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Edson Aparecido e Geraldo Alckmin

O caso ficará a cargo do promotor de Justiça Marcelo Camargo Milani, da promotoria do patrimônio público e social da capital. Ele vai investigar "suspeitas sobre possível incompatibilidade de sua remuneração pública com a sua respectiva evolução patrimonial".

Na semana passada, matéria do UOL revelou que Aparecido comprou um apartamento de luxo por um valor até 70% inferior ao de mercado, da construtora Kamilos, que tem contratos milionários com o governo estadual. 

Milani afirmou que há "notícia de possível atentado aos princípios da administração pública e de possível enriquecimento indevido, a configurar, em tese, a prática de atos de improbidade administrativa, sendo necessária a coleta de outras informações para orientar a eventual tomada de providências legais e pertinentes".

Ele estipulou prazo de dez dias para que o secretário da Casa Civil, após ser comunicado, preste "eventuais esclarecimentos".

Mais denúncias

Além das denúncias envolvendo Aparecido, outros tucanos têm frequentado o noticiário por serem alvos de nvestigações de irregularidades. O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo Fernando Capez e o ex- chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", são alvos da Operação Alba Branca, que apura denúncias de superfaturamento no fornecimento de merenda escolar no Estado. De acordo com a operação, 152 municípios podem ter sido afetados com o esquema de corrupção.