União Brasileira de Escritores condena ação arbitrária contra Lula
Diante do cenário de perseguição política e tentativa de criminalizar o projeto político colocado em curso por Lula e os partidos de esquerda, a direção da União Brasileira de Escritores emitiu uma nota em repúdio à investigação seletiva deflagrada nesta 24ª fase da Operação Lava Jato.
Publicado 04/03/2016 16:19

A nota, assinada pelo presidente da entidade, Durval de Noronha Goyos Jr., afirma que “o judiciário, fora da lei, torna-se um poder marginal e nefasto a promover a injustiça”.
O documento destaca a “larga tradição na luta da sociedade civil pela democracia” e o posicionamento “altivo e afirmativo” da entidade diante da subversão do Estado de Direito.
Leia a nota na íntegra:
Ações isoladas do Poder Judiciário têm buscado não a prestação jurisdicional do Estado, mas sim a indevida interferência na ordem política nacional, de maneira a promover o exercício arbitrário das razões de uns poucos, em detrimento da vontade democrática nacional.
Tais medidas configuram, para além de uma flagrante ilegalidade, uma tanto irresponsável quanto temerária ameaça à democracia, uma incitação ao caos público, à desordem social e à desestabilização nacional. Juntamente com a ordem jurídica nacional, sai perdedor nesta conjuntura o povo brasileiro.
A falta de sobriedade, de compostura e de recato inerentes ao Judiciário torna-se potencialmente devastadora para a Nação quando utilizada para fins políticos próprios.
Em nome da preservação dos melhores interesses nacionais e dos pilares que sustentam a República, a UBE repudia as ações isoladas do Poder Judiciário que violam a Constituição e trazem o germe de gravíssima crise política e social ao mesmo tempo em que conclama o referido Poder a se pautar nos estritos termos da Lei.
O Judiciário, fora da Lei, torna-se um poder marginal e nefasto a promover a injustiça.
São Paulo, 4 de março de 2016
Durval de Noronha Goyos Jr.
Presidente