Publicado 11/03/2016 19:12
Na Jovem Pan, diante das chuvas que assolaram a Grande São Paulo e deixaram 22 mortos em cidades vizinhas à capital – mas nenhum na cidade de São Paulo – Villa atribuiu a responsabilidade a Haddad, a quem chamou de “vagabundo”.
Marco Antônio Villa, como se sabe, era um obscuro professor da Universidade Federal de São Carlos, quando, por alguma razão, repórteres do jornal O Globo passaram a ouvi-lo, principalmente pela fama de ser um notório reacionário. Natural de São José do Rio Preto, passou a adolescência no ABC e, aos 17 anos, mudou-se para a capital.
Embora historiador de formação, com mestrado em Sociologia e doutorado em História Social, Villa nunca teve destaque no meio acadêmico. Desde sempre foi um crítico feroz das políticas de inclusão de estudantes pobres nas universidades públicas e privadas. Data da implantação do Prouni e do programa de expansão das universidades federais a antipatia que ele alimenta pelo ex-ministro da Educação e atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Sem sucesso no meio universitário, Villa acabou sendo um concorrido comentarista, sobretudo na Jovem Pan, emissora que a família Machado de Carvalho colocou a serviço do reacionarismo e do confronto aos governos petistas, principalmente depois que teve negado seus pedidos de privilégio comercial.
Villa, ao contrário de Reinaldo Azevedo, não é um personagem radiofônico. Ele acredita mesmo nas bobagens que vocifera. Sem argumentos, se diz incrédulo em relação às informações, conclama a revolta dos seus ouvintes. Na memorável entrevista que o prefeito concedeu à Jovem Pan, em 12/02/2015, foi massacrado por Fernando Haddad. De tal sorte que nunca se recuperou.
Recentemente, quando a emissora convidou o atual prefeito para um debate eleitoral, Villa de antemão avisou que teria um compromisso inadiável naquela manhã e não poderia participar do debate. Curiosamente, quando Haddad declinou do convite, o compromisso desapareceu.