Viviane Mosé afirma na CBN: A voz das ruas não é a voz das urnas
Nesta terça-feira (15), a doutora em filosofia e escritora Viviane Mosé comentou em sua avaliação de 10 minutos, na rádio CBN, sobre o atual cenário político do país. Segundo ela, os manifestantes que foram às ruas no último domingo contra a presidenta Dilma Rousseff representam 2% da população brasileira e não podem falar em nome da maioria. Operação Lava-jato errou ao levar Lula para depor coercitivamente sem tê-lo chamado antes. Não se pode abrir mão da lei porque a política nos desagrada.
Publicado 15/03/2016 15:17

Viviane afirmou que o acirramento da polarização partidária não contribui para a democracia e que a simples troca de presidente não terá eficácia sem a implementação de uma reforma política.
Em relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a escritora disse que é preciso cautela para que a ação prossiga dentro da legislação, sem tomar partido. “A gente viu a mesma Operação Lava Jato ir contra a lei quando ela traz o ex-presidente [Lula] para depor sem ter tido convocado ele antes. Então, se a gente admite no Brasil que podemos abrir mão da lei porque politicamente não nos agrada… Se a gente ler as últimas notícias dos juristas, das universidades, dos depoimentos na imprensa, em várias instâncias a gente vê os juristas dizendo ‘isso não é correto’”, ressaltou.
Não há provas contra Lula
Até oposição foi contra pedido de prisão preventiva do ex-presidente. Não é por esse caminho que temos que ir. Existe incitação pública para impeachment de Dilma e prisão de Lula, apesar de faltarem motivos legais. Milhões se manifestando nas ruas mostram que oposição é forte no Brasil, mas não representa população brasileira. Além disso, mudar figura da presidente Dilma não muda corrupção nem situação econômica do país.
Não vai ter impeachment