Cai de forma considerável o fluxo de migrantes para a Europa

Essa quantidade é muito inferior às registradas em semanas recentes, nas quais uma média de dois mil indocumentados chegavam às ilhas gregas diariamente provenientes de países em guerra como Síria, Iraque ou Afeganistão.

Essa redução no número de solicitantes na Grécia é consequência direta do polêmico acordo migratório UE-Turquia, que promove a devolução de migrantes irregulares desde estados membros a UE para o país otomano em troca de três bilhões de euros e a aceleração da integração dos turcos ao bloco continental.

A isto se soma o recente e forçado fechamento da rota dos Bálcãs por países como Croácia, Sérvia, Eslovênia e Macedônia para acabar assim com a via mais usada pelos migrantes desde que se desatou o êxodo para o chamado velho continente em 2015.

"A Comissão está supervisionando a situação nas ilhas e está trabalhando de perto com as autoridades gregas para encontrar uma solução apropriada que cumpra com os regulamentos da legislação da UE, especialmente no caso de grupos vulneráveis e de menores sem companhia", disse a porta-voz do Executivo, Natasha Bertraud.

Trabalhamos de perto – acrescentou – com as autoridades gregas para ajudar no registro de refugiados e continuamos trabalhando com muitas ONG (organizações não governamentais) na assistência de refugiados nas ilhas ou em terra firme, concluiu a servidora pública.

Apesar da diminuição matemática na quantidade de demandantes de asilo político que chegam a Grécia, muitas instituições humanitárias em todo o mundo questionam a rigidez e efetividade das bases de acordos como este entre Turquia-UE, assim como o fechamento da rota balcânica, entre outros que não dão solução definitiva ao fenômeno.