Deputados rechaçam votação no domingo para acelerar impeachment 

Na tentativa de acelerar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e sua tropa de choque querem realizar sessões no sábado e domingo. A proposta foi rechaçada duramente pelos governistas e até a oposição. “Querem criar uma excepcionalidade para fazer a votação em plenário no domingo”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder do governo. 

Deputados rechaçam votação no domingo para acelerar impeachment - Agência Câmara

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (RJ), lembrou que "não há nenhuma previsão regimental ou em qualquer outro lugar de sessões deliberativas no fim de semana."

Os parlamentares lembram que existe uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento de Cunha da presidência da Câmara, argumentando que ele não tem condições de conduzir o processo de impeachment da presidenta, já que todas as ações por ele adotada desobedecem o regimento interno da Câmara e a Constituição Federal.

Leitura do relatório

Nesta quarta-feira (6), o relator do colegiado, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), vai apresentar relatório em que opina se o processo deve ou não ser aberto contra Dilma. O documento com mais de 100 páginas será lido, na íntegra, nesta tarde.

A expectativa é que haja pedido de vista conjunta, garantindo aos deputados duas sessões para análise do texto.

Um acordo entre líderes transferiu para sexta-feira (8), quando é previsto o início da discussão do texto, a definição sobre o cronograma das próximas reuniões e do tempo limite de fala a que os deputados têm direito. Pelas regras atuais, cada um dos 65 deputados efetivos da comissão dispõe de 15 minutos para falar; já os deputados não membros têm 10 minutos.

A votação do texto no colegiado deve acontecer na próxima segunda-feira (11) a partir das 17 horas.