UFMG realiza nesta sexta-feira manifestação contra o golpe 

A comunidade acadêmica da UFMG ( Universidade Federal de Minas Gerais) organizou nesta sexta-feira (15) uma manifestação contra o Impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, reunindo representantes de seus professores, seus servidores e do movimentos sociais e estudantis mineiros, no campus Pampulha, região norte de Belo Horizonte.

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"Esse ato pretende colocar a UFMG nas manifestações contra o golpe e em favor da democracia. A própria reitoria se posicionou em sua página e 11 diretórios acadêmicos também se manifestaram em favor da democracia, unindo assim a comunidade da UFMG nesse momento histórico", discursou o professor Juarez Guimarães, do Departamento de Ciências Políticas da UFMG.

A particularidade do ato na universidade foi a atenção por parte dos belorizontinos aos desaparecidos e perseguidos durante a ditadura militar. Depois dos discursos por parte dos professores, estudantes e ativistas contra o Gole de 2016, houve uma performance em que cada manifestante falava ao microfone um nome de um desaparecido ou mortos pelo regime instalado no Golpe de 1964.

Durante as duas décadas de ditadura, a UFMG serviu como um dos marcos da resistência ao regime. Os militares fecharam diversos dos cursos ofertados pela universidade, mas insistiram a educação de seus alunos, organizando aulas clandestinas. Dezenas de seus estudantes estão entre os desaparecidos políticos e vários professores também foram presos e perseguidos durante os anos seguintes ao golpe. A UFMG também foi uma das referências em Minas Gerais para lutas sociais nos anos seguintes, como os Diretas Já, o Impeachment de Fernando Collor e as Jornadas de Junho de 2013, entre outras.