Cunha dá "chilique" no início da sessão de votação do impeachment
O início da sessão de análise do pedido de impeachment, neste domingo (17), teve tumulto quando alguns deputados não conseguiram subir atrás da mesa da presidência da Câmara para erguer cartazes contra o impeachment. Depois que uma faixa escrito “Fora Cunha” foi aberta atrás da mesa do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) proibiu a faixa no plenário.
Publicado 17/04/2016 16:14

E, em resposta ao deputado Afonso Florence (PT-BA), que se manifestou contrário a permanência dos defensores do impeachment com placas atrás da Mesa Diretora para defender sua posição, Cunha teve uma manifestação de ataque nervoso, afirmando: “Eu não posso impedir ninguém de ficar. Eu não vou tirar, deputado. Eu não mando. Eu vou tirar V.Exa. daqui, porque aqui não é o local adequado. Aqui V.Exa. pode ficar. Aqui V.Exa. pode ficar. Venha para cá e fique aqui, deputado. Eu peço que o parlamentar seja retirado daqui para que a gente possa continuar a sessão. V.Exa. está em um local que não cabe a parlamentar ficar.”
Depois, chamou à segurança e anunciou que não seria admitida faixas em lugar nenhum. “Podem retirar as faixas de qualquer natureza do plenário. Será retirada qualquer faixa do plenário”, ordenou.
Novo chilique
Demonstrando descontrole na abertura da sessão, Cunha tentou cortar a palavra do deputado Orlando Silva que queria esclarecimentos sobre a votação dos deputados que chegarem depois de serem convocados para votrar na primeira chamada.
Cunha respondeu com grosseria: “Não cabe questão de ordem… Vai perder. Não vai votar. Não vai votar. Não vai votar”, provocando tumulto no plenário. E, ignorando a fala do parlamentar, insistia “V.Exa. tem que respeitar o Plenário. V.Exa. tem que respeitar o Plenário. Não é no grito que V.Exa. vai ganhar”, aumentanto o tumulto e os gritos de “Fora, Cunha! Fora, Cunha!)
Antes da sessão
Diante dos gritos de “democracia" e "não vai ter golpe”, dos deputados pró Dilma, na entrada do plenário minutos antes das 14 horas, quando começou a sessão, neste domingo (17), que vai analisar o pedido de admissibilidade do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a oposição partiu para cima dos deputados que defendem a democracia. E depois saíram dizendo que “eles vieram nos pressionando”.
O deputado Orlando Silva (PCdoB–SP) defendeu os colegas e negou a provocação. Diante das atenções que o ato dos governistas despertou no Salão Verde, a oposição contra atacou de mãos dadas aos gritos de impeachment e cantando “ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando, meu bem a Dilma já vai embora”.