Defensores do impeachment estão "vendendo terreno na lua", diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (19) que os defensores de seu afastamento estão “vendendo terreno na lua” para chegar ao poder e voltou a criticar o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dilma afirmou também que existe uma “conspiração” contra seu mandato.

Dilma coletiva jornalistas estrangeiros - Agência Brasil

“Acredito que os que estão golpeando atendem só a um lado do país e estão vendendo terreno na lua. Quando você está sendo vítima de um golpe, tem várias opções, mas eu acho que quem tem honra e dignidade, tem uma: é resistir. Nós iremos resistir ”, disse a presidenta, durante entrevista a correspondentes estrangeiros no Palácio do Planalto.

Ao se referir a Cunha, ela destacou que o retrospecto do presidente da Câmara não o abona para ser juiz de nenhum processo. “Me sinto vítima de um processo que é um processo em que meus julgadores, principalmente o exemplo maior, que é o presidente da Câmara, tem um retrospecto que não o abona para ser juiz de nada, abona para [ser] réu.”

Segundo a presidenta, o processo de impeachment contra ela na Câmara teve início por um desejo de vingança de Eduardo Cunha, já que o PT votou favoravelmente ao andamento de processo contra ele no Conselho de Ética da Casa. “Esse processo teve início por um desvio de poder, uma vingança, uma explícita vingança.”