Entidade Sindical das Américas denuncia golpe no Brasil

A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) divulga Nota Oficial em defesa da democracia brasileira. No “Llamamiento internacional de Solidariedad ante los ataques a la democracia em Brasil”, a entidade expressa firme respaldo ao Estado de Direito ameaçado pela decisão de domingo (17) da Câmara dos Deputados.

Confederação Sindical de TRabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA)

A tomada de posição da organização representativa de entidades que vão da Argentina ao Canadá – “somos cerca de 66 milhões de trabalhadores, de 23 países, representados por 56 Centrais e Confederações”, informa Ivan Gonzales, coordenador político da CSA – ocorre às vésperas do seu 3º  Congresso, de 26 a 29 de abril, em São Paulo.

 
O Brasil tem força na organização. Participam CUT, UGT, Força Sindical e Nova Central, mais a CNPL (Confederação Nacional dos Profissionais Liberais), porque a CSA comporta entidades de âmbito nacional, ainda que não sejam Centrais. Será a segunda vez que um Congresso acontecerá aqui. Estão confirmados, entre outros, os ex-presidentes Pepe Mujica (Uruguai) e Lula. Dilma deve participar, também, informa a organização do evento. O programa será divulgado em breve.
 
O 3º Congresso da CSA elegerá nova diretoria executiva para o próximo quadriênio. A entidade hoje é presidida pelo canadense Hassan Yussuff.
 
Seminário

“Democracia e desenvolvimento nas Américas: Estratégia Sindical para o período 2016-2020”. O evento visa analisar as perspectivas do desenvolvimento com democracia no Continente e “afinar a estratégia de fortalecimento sindical para enfrentar os desafios do futuro, com particular atenção às prioridades da organização sindical e aos direitos laborais no marco da economia global de trabalho”.

 
Brasil

A grande preocupação dos dirigentes da CSA passa a ser a situação brasileira. “Há poucas semanas, não havia esse cenário de crise, que nos enche de preocupação. Primeiro, há que somar forças e preservar o Estado de Direito. Sem deixar de defender os direitos e conquistas sindicais e sociais”, afirma Gonzalez.