Instituto Herzog manifesta indignação contra declaração de Bolsonaro 

O Instituto Vladimir Herzog manifestou indignação, por meio de nota pública, contra a conduta do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no último domingo (17). Entidade defende que deputado deve ser responsabilizado criminalmente por ter exaltado o papel de torturador do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Vladimir Herzog - Instituto Vladimir Herzog
Em breve discurso antes de votar a favor da abertura do impeachment, o parlamentar exaltou o coronel Carlos Brilhante Ustra, um dos torturadores da ditadura militar, falecido no ano passado.
 
"Nossa Constituição é plena de razões explícitas, desde seus Princípios Fundamentais, para se impedir que Jair Bolsonaro continue a ofender e envergonhar o Brasil com sua apologia à tortura por agentes do Estado e incitação ao crime, em plena Câmara dos Deputados – pelo que deveria inclusive ser responsabilizado criminalmente", diz a nota.
 
Segundo o instituto, falta de decoro parlamentar seria o mínimo a ser atribuído a Bolsonaro. De acordo com a entidade, é incumbência dos deputados federais, independentemente de partidos, "expulsar de seu convívio, imediatamente, uma figura abjeta como essa, que faz a apologia do crime covarde que é a tortura".
 
"Conclamamos todos os cidadãos que, como nós, exaltam a democracia como valor fundamental a pressionarem os deputados federais, o STF – guardião da Constituição – todos, enfim, a livrar nosso Congresso dessa figura ignóbil que se jacta publicamente de ser criminosa", finaliza o comunicado da entidade.