Renata Mielli é eleita coordenadora do FNDC e rechaça golpe
Em sua primeira fala como coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a jornalista Renata Mielli, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, conclamou ontem (23) os movimentos sociais a fazer uma luta “indefensável contra o golpe”. “Estamos em um momento difícil e a luta pela democratização é central para denunciarmos ao mundo o que nós estamos vivendo aqui”, disse.
Publicado 24/04/2016 13:29
Renata também avalia que o fortalecimento da mídia alternativa e da comunicação pública são ferramentas para barrar o golpe. “Através da resistência contra os projetos que retiram nossos direitos no Congresso Nacional temos que nos somar fortemente aos outros companheiros que estão nas ruas.”
No discurso de despedida, a ex-coordenadora do FNDC e atual secretária nacional de Formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti, disse que sai com um sentimento de alegria por ter construído “junto aos outros companheiros” a luta pela democratização da comunicação.
“Para quem saiu do campo, da roça, que é a minha base, a gente sabe o que é ter amigos e companheiros de história na luta. Seguiremos juntos até que a democratização da comunicação seja plena”, finalizou.
A 19ª plenária nacional, realizada entre os dias 21 e 23, elegeu a nova coordenação executiva e os conselhos deliberativo e fiscal para o biênio 2016-2018. O evento reuniu 128 participantes entre delegados e observadores, em São Paulo.
As outras entidades escolhidas para ocuparem as secretarias foram: Intervozes, responsável pela geral; Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), pelas finanças; CUT, com organização; Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), responsável pela comunicação; Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), com formação; Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert), responsável pelas políticas públicas.
Além da escolha da coordenação executiva, o conselho deliberativo será composto por 21 organizações. Entre elas, o Conselho Federal de Psicologia (CFP); Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações (Fitratelp); Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço); Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) e União Nacional dos Estudantes (UNE), e outros comitês regionais.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), União de Negros pela Igualdade (Unegro) e o Comitê pela Democratização da Comunicação da Bahia foram escolhidos para fazer parte do conselho fiscal.