Em um tom muito mais duro do que o usado no discurso na ONU, quando participou na manhã de sexta-feira (22), da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, que rege medidas de redução de emissão dióxido de carbono, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em coletiva de imprensa em Nova York, que há sim um golpe em curso no Brasil, do qual ela é a principal vítima.
A história da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.
O vergonhoso dia 17 de abril já é uma marca histórica do novo tipo de golpe de Estado, expressão do DNA da direita, constante na história política do Brasil.
Por Renato Rabelo*
Assim como a data do ataque dos japoneses a Pearl Harbour entrou para a história dos Estados Unidos como “o dia da infâmia”, o Brasil conseguiu produzir um evento ainda mais vergonhoso – mas fabricado por inimigos internos, e não externos.
Por Leonardo Attuch*