Zero possibilidade de fechar questão no impeachment, diz líder do PMDB

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse nesta segunda-feira (25) que não existe a possibilidade de o partido “fechar questão” na votação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

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“Zero possibilidade de o PMDB fechar questão. Não tenho como engessar a consciência dos senadores”, declarou Eunício Oliveira. Quando o partido fecha questão os parlamentares são obrigados a seguir a determinação do partido, podendo ser punidos, inclusive com expulsão, se não cumprirem a orientação da bancada na votação.

A declaração do senador frustra os intentos do vice Michel Temer, que se esforçava para amarrar o voto dos parlamentares. Senadores como Roberto Requião (PR) e Eduardo Braga (AM) já manifestaram sua posição contrária ao impeachment.

Nesta segunda-feira (25), os 21 titulares e 21 suplentes da comissão especial serão eleitos pelo plenário. Segundo o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), na terça ocorrerá a eleição do presidente da comissão e do relator.

“Votado o relatório no dia 9 (de maio, último dia de funcionamento da comissão) na comissão, esse relatório será encaminhado para o plenário para ser votado no dia 12”, explicou Lira, que calcula o prazo de funcionamento da comissão em 10 dias úteis a partir da sua criação nesta segunda-feira. No entanto, o cronograma será submetido a voto e aprovado pelos integrantes da comissão.