Dilma: O que vale é a luta e nós sabemos lutar
Em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff acompanhou o acendimento da Tocha Olimpíca Rio 2016. Acompanhada do presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Carlos Arthur Nuzman, e do ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, Dilma saudou a realização dos jogos e salientou que o país “está preparado para fazer a mais bem-sucedida Olimpíada da história”.
Publicado 03/05/2016 11:00
”Como presidenta do primeiro país da América Latina a sediar os Jogos Olímpicos, é com grande orgulho que eu dou, em nome do povo brasileiro, as boas-vindas a essa chama símbolo de uma grande esperança da humanidade na paz, união e a amizade”, disse Dilma.
“Vamos contaminar a nossa Nação com o espírito olímpico e envolver todo o povo brasileiro nessa oportunidade histórica de sediar as olimpíadas e parolimpíadas”, completou a presidenta.
Dilma destacou que, apesar da crise política, o país será capaz de recepcionar e promover os jogos olímpicos. “Sabemos das dificuldades políticas que existem em nosso país hoje. Conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da história da democracia do nosso país, saberá conviver porque criamos todas as condições para isso com a melhor recepção de todos os atletas e de todos os visitantes estrangeiros”, enfatizou.
A presidenta disse ainda que um “país que sabe lutar pelos seus direitos e que preza e sabe proteger a sua democracia é um pais onde as olimpíadas terão o maior sucesso”. E concluiu: “Nós sabemos que o que vale é a luta. E nós sabemos lutar. Somos todos olímpicos”.
O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, relembrou a trajetória do Brasil desde a escolha como país-sede para os Jogos Olímpicos 2016 até o momento da chegada da chama olímpica. Ao citar os programas criados pelo governo federal para auxiliar na preparação dos atletas brasileiros, como o Brasil Medalha, Leyser salientou a importância da decisão política da presidenta Dilma em promover e fortalecer o esporte brasileiro.
“Nós estamos no ápice da nossa história esportiva. Nunca estivemos tão bem quanto estamos agora. Eu não tenho dúvida que a senhora, para o esporte brasileiro, foi a melhor presidente da República da história. Nós nunca tivemos o que nós tivemos com a senhora em termos de investimento, de respeito, seriedade. Então nesse dia, em que a senhora recebe a chama olímpica, peço que continue sempre com o esporte”, disse.
Leyser também recordou a preparação para que o Brasil tivesse uma cidade capaz de sediar os jogos. O ministro citou investimentos em equipamentos esportistas desde os Jogos Sul-Americanos de 2002, quando quatro cidades brasileiras participaram do evento.
A lanterna contendo a chama olímpica nesta terça em Brasília, ponto de partida para um roteiro que, nos próximos 95 dias, incluirá 327 cidades das cinco regiões do país.
Na saída do Palácio do Planalto, a tocha foi conduzida pela jogadora de vôlei Fabiana Claudino, bicampeã olímpica (2008 e 2012), indo em direção à Catedral de Brasília, em um trecho que terá a participação de nove condutores, conforme divulgado no site do Ministério do Esporte.
Em Brasília, a tocha fará um percurso de 105 km pelos principais monumentos da capital. O comboio contará com 150 agentes da Polícia Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, além de 3,5 mil homens que farão a segurança durante o percurso do revezamento. Depois, a tocha viajará por todo o país até chegar ao Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, em 5 de agosto, quando começa a Olimpíada do Rio.
O símbolo dos Jogos Rio 2016 foi aceso pela primeira vez no dia 21 de abril, em frente ao Templo de Hera, localizado na cidade grega de Olímpia, a partir dos raios solares, seguindo um tradicional rito que faz uso de uma espécie de espelho côncavo chamado skaphia.
A Tocha Olímpica é um símbolo da união e amizade entre os povos e sua condução tem por objetivo levar a mensagem olímpica, de promoção da paz em lugar de conflitos.