Mídia Golpista esperneia: O Brasil não é um país sério

A anulação pelo vice-presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff revoltou o partido da imprensa golpista (PIG). A decisão aconteceu nesta segunda-feira (9) e logo foi rejeitada, através dos apresentadores, comentaristas, colunistas, articulistas e blogueiros, dos veículos pertencentes à meia-dúzia de famílias que detêm a monopólio da comunicação e da opinião no Brasil. 

Por Railídia Carvalho

midia imprensa golpista - Reprodução
Comentarista da Globo News assegura que, ao ouvir vários líderes na Câmara, o tema da sucessão virou prioridade. Agora, depois da canetada do vice Maranhão que pode inviabilizar a derrubada de Dilma.

Comentário em vídeo do blogueiro Paulo Henrique Amorim, no site Conversa Afiada, ironiza o movimento da Globo de impedir que Maranhão assuma a presidência da Casa.
 

“Não quer deixar o Maranhão assumir o cargo que era do Cunha porque diz que ele é um presidente interino e tem que haver nova eleição para eleger um novo presidente da câmara, em lugar do Cunha e do Maranhão. Agora legítimo é o Temer. Vão ter que tirar o Maranhão de lá pela Polícia Federal”, opinou Paulo Henrique.
 
Inimigo número 1
Depois da decisão, o deputado Waldir Maranhão ganhou perfis e matérias instantâneos na mídia monopolista onde está sendo chamado de “marionete”, “celebridades instantânea”, protagonista de “ópera bufa”, neste caso a definição veio do “blogueiro dos Marinho”, Jorge Bastos Moreno, no seu blog do Moreno.
O presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, observou no twitter que a decisão deixou os “calunistas” da Globo com “cara de velório”. “Ele (Moreno) prefere a ópera-bufa do golpe midiático-judicial-parlamentar. Noblat está indignado com a decisão de Maranhão. O serviçal da famiglia Marinho devia se indignar com o golpismo da Globo”, escreveu Altamiro na rede social.
Bola de Cristal
Como era de se esperar, ganharam destaque no PIG matérias que apostam contra a decisão de Maranhão e a avaliam com pessimismo. Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) adianta “ (a anulação) vai gerar tumulto”. A colunista da “massa cheirosa” pontua: “tentativa inútil”. Os defensores do mercado requentam a tradicional notícia: “Dólar dispara e bolsa despenca”. 
Seguindo sempre o mesmo roteiro, o PIG se viu por algumas horas surpreendido pela “vocação bananeira” (citada por um colunista do PIG), que acrescentou um desvio momentâneo ao script do golpe, que continua sendo alimentado, nas redações da mídia dona do poder, às custas da omissão da informação e da manipulação de fatos.