Dilma segue determinada a preservar democracia no país, diz ministro
Após reunião com a presidenta Dilma, nesta terça-feira (10), o ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, disse que a presidenta segue determinada e firme no que ela entende ser a sua responsabilidade constitucional de “preservar a Constituição e a democracia no país”.
Publicado 10/05/2016 12:13
“Seu mandato é expressão da vontade popular e ela vai continuar aquilo que tem anunciado, cumprindo sua responsabilidade com determinação e firmeza, buscando em todos os espaços a legalidade, a Constituição e a democracia. Isto significa continuar o debate junto ao Senado e ao Supremo Tribunal Federal como instâncias e isso significa também preservar o diálogo junto à sociedade brasileira”, afirmou Rossetto.
Nesta quarta (11), o plenário do Senado vai decidir sobre o processo de impeachment da presidenta. Se aprovado, Dilma é afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), reforçou a determinação de manter a resistência ao golpe.
"Qualquer que seja o desdobramento desta crise, vamos continuar firmes. A presidente Dilma e eu não jogamos a toalha", garantiu o deputado. "Estou convencido que vamos continuar no governo. Temos ampla condições de reversão deste quadro", completou.
Guimarães salientou que a população está acompanhando os desdobramentos e manobras do golpe. Segundo ele, a população está "tomando consciência do que estava em jogo, o que estava por vir, do afastamento de [Eduardo] Cunha, e há um processo de mobilização".
O parlamentar frisou que, caso o afastamento se confirme, a palavra de ordem é reverter o processo. "Não abandonamos Dilma nem quando ela tinha 8% [de aprovação] imagina agora?", disse. Segundo ele, há manifestações que indicam que alguns senadores podem mudar de posição durante esta segunda fase do processo.
Quanto ao provável governo Michel Temer, o petista chegou a admitir que dependerá dos resultados que conseguirem apresentar à sociedade nos primeiros dias, mas lembrou que "é muito difícil administrar um governo tão díspare".
José Guimarães apontou números de melhora do cenário econômico e afirmou que são resultados de medidas adotadas pelo governo Dilma , que já eram previstas pelo ministro da Fazenda Nelson Barbosa para meados de maio. Segundo ele, Temer irá "colher os louros" deste esforço.