Adilson Araújo: Estão rasgando a constituição e ferindo a democracia

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, um dos principais personagens no movimento contra o golpe afirmou que o momento político que o país vive é preocupante, pois fere a constituição e os princípios democráticos do país.

Por Laís Gouveia

Adilson Araújo, CTB - CTB

Em votação no Senado, o processo de impeachment provavelmente será aprovado e a presidenta Dilma, democraticamente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros, poderá ser afastada do cargo por 180 dias. 

Adílson considera que, os precendentes abertos com a abertura do impeachment, gera o aumento da estabilidade do país, "estão rasgando a Constituição Federal e ferindo de morte o Estado Democrático de Direito. O impeachment, se confirmado, exigirá da nação brasileira profundo repúdio, afinal são cerca de 115 milhões de votos que estão sendo vilipendiados" denuncia. 

"As manifestações que ocorreram nesta terça-feira (10) e nos últimos meses sinalizam a dimensão crescente de uma resposta a um eventual governo, biônico e ilegítimo, afirma Adílson. 

O presidente da CTB considera que, por trás de um discurso para salvar o país, se encontra a agenda do retrocesso e que o programa do PMDB "Ponte Para o Futuro" sangrará a classe trabalhadora, "está cada vez mais clara as pretensões do oportunista Michel Temer que, em aliança com o PSDB, pretende adotar o já conhecido receituário neoliberal. A submissão ao imperialismo imporá uma agenda extremamente regressiva. Dessa maneira penso que a mobilização socialmente será determinante para frear uma eventual avalanche neoliberal".

Os movimentos sociais, reunidos na Frente Brasil Popular e "Povo Sem Medo" promovem uma série de manifestações para denunciar o golpe do país e declararam que não saíram das ruas para continuar na defesa pela democracia e contra ao possível governo ilegítimo governado pelo PMDB.