EBC: Atos no RJ, Brasília e SP denunciam golpe de Temer na empresa

Após a exoneração do diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, pelo governo ilegítimo de Michel Temer, o novo ocupante do cargo é Laerte Rimoli. Ex-coordenador de campanha de Aécio Neves (PSDB), Rimoli era assessor da secretaria de comunicação da Câmara dos Deputados. A ingerência ou o “sequestro” da EBC motivou nesta sexta-feira (20) atos pelo Brasil em protesto. O mandato de Ricardo Melo iria até 2020. 

Por Railídia Carvalho

EBC ato em Brasília - Dayanne Holanda e Gioconda Bretas/Jornalistas Livres
A presidenta do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli,  afirmou, nesta sexta-feira em sua conta do facebook , que a frente em defesa da EBC  e da comunicação pública prosseguirá mobilizada para fazer cumprir o respeito à legislação da área, pelo fortalecimento da comunicação pública e da autonomia da empresa.
 
“As decisões (exonerações e nomeações) ratificam a movimentação de desrespeito à Lei da EBC iniciadas na terça-feira (17/5), quando o diretor-presidente Ricardo Melo foi exonerado, apesar de ter mandato até 2020. Além das alterações na direção, circulam na imprensa informações de que uma medida provisória será proposta pelo governo Temer, alterando a lei e mudando o caráter público da empresa”, alertou Renata.
Em artigo publicado no Portal Vermelho nesta quarta-feira (18), Renata enfatizou que a medida de Temer busca, na verdade, atender a um desejo da mídia monopolista que “nunca engoliu a criação da EBC”. 
 
“Por isso, a canetada de Michel Temer ao exonerar de forma arbitrária o diretor-presidente da EBC, o jornalista Ricardo Melo, não é a medida final de ataque à esta ainda recente experiência de construção de uma empresa pública de comunicação. O objetivo é atender ao reclamo da mídia privada e fechar a TV Brasil, a EBC.”